Na memória dos habitantes de Pedraça e em textos diversos tem-se vindo a associar Nuno Álvares Pereira a esta freguesia do concelho de Cabeceiras de Basto.
É facto histórico que D. Nuno Álvares Pereira desposou, por volta de 1376-1377, Dona Leonor de Alvim (jovem viúva casada em primeiras núpcias com Vasco Gonçalves Barroso), detentora de bens no Entre-Douro-e-Minho, concretamente em Pedraça.
Desta fidalga teve Nuno Álvares Pereira três filhos: dois rapazes, que morreram à nascença, e uma filha, D. Beatriz, que vem a casar com D. Afonso, filho bastardo de D. João I.
A ligação de Dom Nuno Álvares Pereira a esta freguesia é referida, por exemplo, nas «Memórias Paroquiais» da Faia, em 1758, onde se afirma “o Excelentíssimo Senhor Condestável Nuno Alves Pereira que morou na freguesia de Santa Marinha de Pedraça”.
No entanto, quando se lê a «Crónica do Condestabre de Portugal Dom Nuno Álvares Pereira», de autor desconhecido, e cuja primeira edição data de 1526, não se refere que este tenha vivido em Pedraça, sendo sim mencionada a sua residência, após o casamento, no Entre-Douro-e-Minho. O mesmo sucede na «Crónica de D. João I», escrita por Fernão Lopes, que se percebe seguir muito de perto a «Crónica do Condestabre».
Mas a memória dos homens tem mantido acesa a ligação de Dom Nuno Álvares Pereira a Pedraça, continuando a circular lendas que o associam, por exemplo, ao lugar do Picadeiro onde se exercitaria na arte de bem cavalgar.
O Episcopado Português, numa campanha de sensibilização, decide fazer peregrinar, entre Janeiro e Junho de 1961, as relíquias do Condestável Dom Nuno pelas localidades mais fortemente ligadas à sua vida, tendo estado expostas, a 7 de Abril de 1961, na Igreja de Pedraça. Relembrando esta data foi colocada uma placa na fachada da Igreja.
(IMF)
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É certo que quer na Crónica do Condestabre quer na Crónica de D. João I não se fala de Pedraça, mas sim em EntreDouro e Minho, mas também é certo que quer Oliveira Martins, quer Mendes dos Remédios, por exemplo, são mais precisos e afirmam que o casal foi viver para a sua quinta de Pedraça (ou Pedrassa como também dizem) no concelho de Cabeceiras de Basto, no Entre-Douro e Minho. Em que documentos se baseiam? Não fazem referência, mas se calhar não foi apenas no “diz-se que” que alguns historiadores bem próximos de nós gostam de utilizar como fonte segura de que resultam algumas aberrações como a de dizer que casaram em Salto, Montalegre.