Cuiosidades da nossa Terra

Sabia que…

No século XVI, o “Poeta do Neiva”, Francisco Sá de Miranda, visitou a Casa da Taipa, situada na freguesia de Cabeceiras de Basto (S. Nicolau).

Nessa época a Quinta da Taipa pertencia a António Pereira (Marramaque), Senhor de Cabeceiras e amigo do poeta.

Dessa estadia nasceu a célebre carta dirigida a António Pereira (Marramaque), quando este partiu para a “côrte”.

“Trata-se de uma ‘catilinária’ contra o despovoamento do interior do país, pela miragem do comércio com as Terras Além-Mar.

Um poema bem conhecido e que aqui relembramos, transcrevendo as primeiras estrofes do poema:

Como eu vi correr pardaus

por Cabceiras de Basto,

crescerem cercas e o gasto,

vi, por caminhos tão maus,

tal trilha e tamanho rasto,

Logo os meus olhos ergui

à casa antiga e à torre,

e disse comigo assi:

“Se Deus nos não val aqui,

perigoso imigo corre!”

Não me temo de Castela,

donde inda guerra não soa;

mas temo-me de Lisboa,

que, ao cheiro desta canela,

o reino nos despovoa.

Referência bibliográfica:

VASCONCELOS, Duarte Nuno de Carvalho do Val – Cavez da Terra de Basto: O tempo e o Modo Lugares, Casa e Famílias. Lisboa. 2005. ISBN 972-96566-2.2. p. 275.

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