



O Arco de Baúlhe é uma freguesia do concelho de Cabeceiras de Basto elevada à categoria de vila em 1991.
Ao longo dos séculos esta povoação distinguiu-se das outras terras desta região, por se encontrar na confluência de estradas importantes e por se dedicar ao comércio, num concelho cuja vivência tradicional era a de uma agricultura de subsistência, muito embora no Arco existissem atividades relacionadas com a pequena indústria e a agricultura.
No século XVIII, esta povoação foi o principal entreposto viário e comercial entre o Minho e Trás-os-Montes, permanecendo assim até pelo menos à primeira metade do século XX, sendo que, em 1949, é inaugurada a Estação Ferroviária de Arco de Baúlhe, terminus da Linha do Tâmega.
Pela Rua do Arco passava a “estrada real”, o que ainda hoje se comprova pela existência de edifícios de relativa dimensão, ocupados por importantes lojas comercias e hospedarias.
No Arco de Baúlhe também existia um acesso fluvial muito curioso, que ligava Atei (Mondim de Basto) ao Arco de Báulhe – a travessia pela barca. Por aquelas águas tímidas e serenas do Rio Tâmega, o barqueiro conduzia a sua barca de uma margem à outra, transportando pessoas, animais e produtos, tendo esta permanecido ativa até ao início da década de 90 do século XX.