A vereadora Carla Lousada acompanhou, ontem, 21 de março, a celebração do Dia Mundial da Árvore no Núcleo Ferroviário do Arco de Baúlhe do Museu das Terras de Basto.
A iniciativa intitulada “As Plantas do Nosso Jardim” decorreu ontem à tarde com a plantação de uma laranjeira e com o embelezamento do canteiro através da plantação de novas ervas aromáticas.
Participaram nesta atividade os utentes dos Espaços de Convívio e Lazer do Arco de Baúlhe e do Serviço de Apoio Domiciliário da Delegação do Arco de Baúlhe da Cruz Vermelha Portuguesa, acompanhados do presidente da instituição, Augusto Canário.
No final, todos os participantes foram convidados para um lanche-convívio.
A vereadora da Cultura, Carla Lousada, acompanhou ontem, 14 de março, a iniciativa que decorreu na Casa da Lã, na freguesia de Bucos, e que juntou as Mulheres de Bucos e as Mulheres do Atelier Pontinhos do Centro Interpretativo das Minas da Borralha, Montalegre.
As mulheres de Bucos e as mulheres das Minas da Borralha juntaram-se para partilhar a arte do trabalho da lã com sabedoria, mestria e carinho, trazendo aos dias de hoje a memória dos tempos idos.
O encontro teve como grande objetivo enaltecer o trabalho da lã que une estes dois concelhos vizinhos de Cabeceiras de Basto e de Montalegre. “Esta partilha entre estas mulheres vai para além da cultura. É também uma forma de convívio entre mulheres de concelhos diferentes, mas com arte e sabedoria em comum”.
O pão, alimento que ainda hoje continuamos a colocar sobre a mesa, foi, em tempos não muito distantes, um dos principais alimentos das gentes do povo, que sempre lhe conferiu um elevado valor simbólico.
A comprovar esta afirmação damos aqui conta de alguns dos rituais associados à sua confeção.
Na preparação do pão, depois de este ter sido amassado, juntava-se a massa a um dos cantos da masseira. De seguida, com a mão desenhava-se uma cruz sobre a massa e proferia-se a seguinte oração, esperando com isso que a massa levedasse devidamente:
“Que Deus te aumente,
Que Deus te acrescente,
Que vai dar de comer a muita gente,
Com a Graça de Deus e da Virgem Maria”.
De seguida rezava-se um Pai Nosso e uma Avé Maria.
Feita a oração, cobria-se a massa com um pano e fechava-se a masseira.
Levedado o pão, faziam-se as broas, sendo de seguida colocadas dentro do forno a lenha para cozer.
De seguida proferia-se a seguinte oração:
“Cresça o pão no forno,
E fora do forno,
E os bens pelo mundo todo”.
Terminada a cozedura, abria-se a porta do forno, sendo uso dizer-se:
“Que Deus lhe ponha Sua Santíssima virtude”.
Aos poucos, iam-se retirando as broas de dentro do forno, sendo que, com o cabo da vassoura de giesta (utilizada para varrer o forno) ou com a mão fechada, se davam sempre três pancadinhas em cada broa . Este gesto ajudava a «acordar o pão», pois, se tal não fosse feito o pão continuaria a cozer.
Há 75 anos, a 15 de janeiro de 1949, foi inaugurada a Estação Ferroviária do Arco de Baúlhe, local onde, atualmente, se localiza a sede do Museu das Terras de Basto e o seu Núcleo Ferroviário do Arco de Baúlhe.
Após mais de quarenta anos de trabalhos de construção (iniciados em 1905), a Linha do Tâmega, chegava finalmente a este concelho (atravessando os concelhos de Amarante e Celorico de Basto), tornando-se a Estação Ferroviária do Arco de Baúlhe o término desta linha.
Imagem – Bilhete Postal Ilustrado, fotografia de J-L. Rochaix, 15.05.1972.
Num espírito de Natal, deixamos aqui os curiosos anúncios das quatro antigas padarias do concelho de Cabeceiras de Basto, no ano de 1939, expressas em “O Jornal de Cabeceiras”.
Era assim há 84 anos, pelo Natal havia à venda o pão e os doces confecionados por estas padarias: o cacete (pão especial para as rabanadas), roscas/regueifas, bicas, lançadeiras, bijous, vianas, pão espanhol, pão coado, biscoitos tipo Valongo e o delicioso bolo rei.
O Serviço Educativo do Núcleo Ferroviário do Arco de Baúlhe promoveu nos dias 5 e 6 de dezembro “O Natal no Museu”, iniciativa que contou com a participação do jardim de infância do Arco de Baúlhe.
Tal como tem acontecido nos anos anteriores, esta atividade do Museu das Terras de Basto, centrou-se na pequenada que foi convidada a assistir a um filme imbuído do espírito natalício que atravessamos.
No final, o Pai Natal, sempre alegre, distribuiu prendinhas por todas as crianças.
Aparelho que era usado nos caminhos de ferro para corrigir pequenos desalinhamentos da via. Esta peça tanto podia ser utilizada para endireitar ou para curvar carris como para os partir, depois de neles ter sido dado um golpe com o objeto chamado de corta-em-frio.
“Os comboios que percorriam esta encantadora via estreita de um metro em nenhum local podiam ultrapassar os 40 Km/h, e uma viagem entre Amarante e Arco de Baúlhe demorava sensivelmente 1h30, o que dava uma velocidade média estonteante de 26 Km/h. A linha embora das vias estreitas menos montanhosas, era uma das mais sinuosas.”
Excerto do artigo “A Linha do Tâmega – 22 anos depois”, por Ricardo Ferreira, revista trainsporter, edição n.º 15, outubro de 2011.
Fotografias retiradas da página de Facebook Nélo Gonçalves.